sexta-feira, 3 de janeiro de 2020


Suplico a Tua Presença

Implorei deveras o teu favor, de todo o meu coração; tem piedade de mim, segundo a Tua palavra. Salmo 119:58.

O enfarte foi quase fatal. No dia 25 de fevereiro de 1960, o coração de Terri Schiavo deixou de bater apenas por alguns instantes, o suficiente para que o sangue deixasse de irrigar o cérebro. A consequência foi um terrível dano cerebral. Naquela época, Terri tinha 26 anos. No dia em que escrevi esta meditação, ela faleceu após 15 anos de sobrevivência em estado vegetativo. O seu caso deu a volta ao mundo, devido a uma guerra judicial entre o marido e os pais de Terri.
                Um instante! Foi apenas durante um instante que o sangue deixou de irrigar o cérebro. Quando a oxigenação do cérebro se regularizou, já era tarde.
A partir daquele instante, a vida de Terri enfrentou consequências funestas. Era uma vida “sem vida”, que deu origem a uma polémica sobre se valia ou não a pena deixar que um ser humano “vivesse” nesse estado.
                Assim como o cérebro necessita de oxigénio, o ser humano necessita de Jesus. Por isso, o Salmista exclama: “Implorei deveras o teu favor [graça] de todo o meu coração.* Vivemos pela graça. Existimos pela graça e somos salvos unicamente pela graça.
                Se a vida é um dom de Deus, como realmente é, nada fizemos para merecê-la. Um dom é uma oferta. Não se paga por uma oferta. Basta apenas aceitá-la.
Como reagimos a uma oferta? Geralmente, o valor de uma oferta para nós depende do sentimento que temos em relação à pessoa que nos oferece o presente. Qual é o tipo de relação com Deus? Isso é o que vai determinar a nossa forma de administrar a Sua oferta.
A vida é frágil. Hoje é, e amanhã pode já não ser. A única coisa que sustém a vida é maravilhosa graça de Deus. Separados de Deus já não vivemos, apenas sobrevivemos, às vezes num estado “vegetativo”, esperando que chegue o dia em que o coração deixe de bater.
Faz deste dia um dia de comunhão com o Senhor da Vida. Não necessitas de pôr de lado as tuas atividades quotidianas. Enfrentas os desafios que se apresentam, hoje, diante de ti com a certeza de que não está sozinho. Deus é a tua força constante. Ele está ao teu lado, apesar das circunstâncias adversas que te tenham envolvido como densas sombras e que não te deixam ver nada. Clama: “Implorei deveras o teu favor [graça], de todo o meu coração; tem piedade de mim, segundo a tua palavra." 

Caminho para a Sabedoria

Alejandro Bullón


quinta-feira, 2 de janeiro de 2020


Grande É o Senhor

Grande é o nosso Senhor e de grande poder; o seu entendimento é infinito. Salmo 147:5.

As noites em Jajua, a minha cidade natal, eram tristes. Quando era criança, não queria que a noite chegasse. Os latidos dos cães pareciam lamentos de criaturas em agonias e despertaram os meus primeiros temores. Quando chovia, os trovões retumbavam escandalosamente, e eu imaginava monstros feridos pelas flechas incendiárias dos relâmpagos.
                Levava muito tempo para adormecer. Quando acordava, via o Sol a brilhar, deslumbrante, aquecendo a Terra com o aroma dos eucaliptos molhados.
                Tenho saudades daqueles dias, apesar das suas noites tristes. Nostalgia daquela terra que me viu dar os primeiros passos neste longo caminho que dura há várias décadas. “Grande é o Senhor”, que, cedo na minha vida, me ensinou, com as noites e os dias da minha terra, que não existe escuridão que dure para sempre!
                Hoje nasceu o Sol de um novo ano. Esqueçamos a noite do ano que terminou.
Se as coisas correram bem, ou não, dezembro já está para trás. Os latidos dos cães, a escuridão, a tempestade e os trovões, tudo faz parte do passado. Lá fora, há aromas de eucalipto. O Sol brilha, a vida floresce. Janeiro traz sempre uma página em branco para se escrever uma nova história.
                “Grande é o nosso Senhor e de grande poder,” diz o Salmista, diante das turbulências da vida. Perseguido sem culpa, por um rei que não queria deixar as rédeas do poder. Atacado pelo próprio filho, que ambicionava o trono. Escondido nas cavernas, peregrinando no deserto e enfrentando os perigos, nunca duvidou do poder do “seu” Deus.
Temos a certeza de que o Deus de David é também o nosso Deus? Se assim é, consideremos o novo ano como uma nova oportunidade. Não temamos. Não retrocedamos. Se Deus é “de grande poder,” abrirá este ano os “Mares Vermelhos” que surgirem diante de nós, fará brotar água da rocha, e fechará a boca dos leões!
Abraça aqueles que amas. Perdoa. Pede perdão. Muda o rumo da tua própria história, depositando a tua confiança em Alguém que não pode engarnar-Se, porque “grande é o nosso Senhor e de grande poder, o seu entendimento é infinito.”  


Extraído do Livro: Caminho para a Sabedoria de Alejandro Bullón

terça-feira, 10 de dezembro de 2019




Contracapa do livro: "Caminho para a Sabedoria" de Alejandro Bullón

Inspiração e sabedoria: duas virtudes necessárias para vivermos em plenitude. Sem elas, a vida deixa de fazer sentido e torna-se numa mera existência. Corre-se de um lado para o outro e, quanto mais se consegue, menos se tem. Um dia detemo-nos, cansados, numa esquina da vida, e perguntamo-nos: De onde venho? Para onde vou? O que tanto procuro e não encontro? Porque é que nada me parece adequado?
Por que razão tudo o que consigo não é suficiente para me satisfazer?
                Inspiração e sabedoria, mais do que simples palavras, são o segredo de uma vida próspera e feliz. A inspiração gera em nós a vontade de fazer, de mudar, de conquistar. A sabedoria assinala-nos o caminho: como alcançar o desejo que a inspiração despertou no nosso coração.
                O ser humano sabe, instintivamente, que necessita de inspiração e de sabedoria para se  sentir realizado e feliz, e procura-as nas fontes do conhecimento humano. Confunde as coisas, filosofa, complica, justifica as incoerências do seu próprio coração. Enquanto isso, as fontes humanas deixam-no insatisfeito, vazio, e a sua busca continua.
              Os livros bíblicos de Salmos e Provérbios são também considerados uma fonte de inspiração e de sabedoria, com a diferença de que oferecem conselhos divinos, porque os seus autores foram inspirados. O apóstolo Paulo afirma: “Toda a Escritura, divinamente inspirada é proveitosa para ensinar, para redarguir, para corrigir, para instruir em justiça, para que o homem de Deus seja perfeito e perfeitamente instruído para toda a boa obra” II Timóteo 3:16 e 17.
                Ao longo da minha vida, tenho recebido inspiração através dos Salmos. Nas minhas horas de provação, de perplexidades e de desânimo, recebi força ao ver que os Salmistas também enfrentaram circunstâncias difíceis tal como eu. E o livro de Provérbios é uma fonte inesgotável de sabedoria. São conselhos práticos que têm a ver com o dia a dia do ser humano. Por isso, quero partilhar estas mensagens que trouxeram inspiração e sabedoria à minha vida. Tenho a certeza de que Deus falará cada dia ao vosso coração, como falou ao meu.

Alejandro Bullón

sexta-feira, 13 de setembro de 2019





Bolo de iogurte natural e mirtilos

Ingredientes:

1 iogurte natural de 125 g
220 g de farinha
3 ovos inteiros
150 g de açúcar
100 g de margarina
1 colher de sobremesa de fermento em pó
raspa de um limão
sumo de um limão
125 g de mirtilo

- Barrar a forma com margarina.
- Pôr no forno a 180º C.
Numa batedeira colocar o açúcar e a margarina e bater bem.
Adicionar os ovos e bater de novo.
Adicionar o sumo de limão, a raspa e o iogurte natural e bater novamente.
Acrescentar a farinha e o fermento e bater muito bem.
Adicionar os mirtilos envolvendo-os.
Colocar a massa na forma.
Vai ao forno aproximadamente a 40 m a 180ºC.

sexta-feira, 19 de julho de 2019



Funcho

Família: Família das cenouras (Apicaceae)

Origem: O funcho selvagem cresce naturalmente desde o Mediterrâneo à Ásia, e há muito tempo que é utilizado como erva aromática e especiaria. As variedades que crescem no nosso país, como o funcho-doce e o funcho do bolbo derivam da forma selvagem desta planta.

Características: O funcho-doce (Foeniculum vulgare var Dulce) pode ser bienal ou vivaz. Dos caules, fortes e canelados, saem as folhas plumosas e decorativas. A planta pode atingir 80-200 cm de altura e produz flores em forma de umbelas, durante o Verão. As sementes, com um sabor semelhante ao do anis, são produzidas nas umbelas e têm a forma de meia-lua.
Os seus efeitos são causados pelo seu grande conteúdo de óleo.

Espécies Relacionadas: O funcho de bolbo (Foeniculum vulgare var,) é rico em vitaminas e muito saboroso cru, guisado ou assado. As espécies não florescem durante o Verão, mas produzem bolbos robustos.

Habitat: O funcho necessita de temperaturas amenas e de um local ao Sol, para que as sementes possam amadurecer convenientemente. O solo deve ser profundo já que a planta tem raízes compridas, e ao mesmo tempo deve ser rico em nutrientes e cálcio, e ter uma boa drenagem.

Cultivo: O funcho-doce é um arbusto vivaz, normalmente bienal nas regiões do norte sujeitas a geadas. A maior parte das espécies podem ser cultivadas como anuais, devem ser postas a germinar no interior, em fevereiro. Por outro lado, podem também ser semeadas no exterior em canteiros protegidos, sendo mais indicado plantá-las em filas com intervalos de 25 cm. Mais tarde, espace as plantas, plantando-as com 50 cm entre cada uma, porque crescerão bastante. Até as sementes germinarem a terra deve ser mantida molhada. Antes do Inverno, corte os talos de modo a que fiquem com 10 cm de altura e tape as plantas com composto ou palha. Depois de crescidas e nas regiões mais quentes, as plantas de funcho propagam-se autonomamente.

Colheita: As folhas recentes e macias podem ser cortadas e utilizadas frescas para cozinhar. As cabeças onde estão localizadas as sementes devem ser cortadas quando as umbelas adquiridas uma cor castanha. Quando as sementes estiverem cobertas por tiras cinzentas, estarão quase secas, deverão ser penduradas até estarem secas por completo. Pode depois guardá-las em caixas fechadas.

Cozinha: 

As sementes e as folhas podem ser utilizadas para temperar peixe, saladas, e molhos. As sementes também são usadas na confecção de licores, pão e panquecas. O peixe gordo torna-se mais digestivo se junta funcho à receita.