sexta-feira, 22 de outubro de 2010

Poemas de António Aleixo



Quando não tenhas à mão
Outro livro mais distinto,
Lê estes versos que são
Filhos das mágoas que sinto.

Sei que pareço um ladrão…
Mas há muitos que eu conheço
Que, sem parecer o que são,
São aquilo que eu pareço.

Sou humilde, sou modesto;
Mas, entre gente ilustrada,
Talvez me digam que eu presto,
Porque não presto pra nada.

Eu não tenho vistas largas,
Nem grande sabedoria,
Mas dão-me as horas amargas
Lições de filosofia.

Tu não tens valor nenhum,
Andas debaixo dos pés,
Até que apareça algum
Doutor que diga quem és.


António Aleixo, Este livro que vos deixo…

sexta-feira, 15 de outubro de 2010

Curiosidades Engraçadas



Várias curiosidades engraçadas de costumes de séculos passados. Hoje dá para rir com isto, mas a vida devia ser bem difícil naqueles tempos. Sobretudo para quem morria…! (continue a ler e já perceberá porquê). Saiba a explicação das origens de algumas expressões populares que começaram na idade média.


1. A maioria das pessoas casava-se no mês de Junho, o início do Verão, porque, como tomavam o primeiro banho do ano em Maio, em Junho o cheiro ainda estava mais ou menos...

2. Mas como já começavam a exalar alguns "odores", as noivas tinham o costume de carregar "bouquets" de flores junto ao corpo para disfarçar. Daí temos que Maio é o "mês das noivas" e a origem do "bouquet" de flores da noiva.

3. Os banhos eram tomados numa única tina cheia de água quente. O chefe da família tinha o privilégio do primeiro banho na água limpa. Depois, sem trocar a água, vinham os outros homens da casa por ordem de idade, as mulheres, também por idade e, por fim, as crianças. Os bebés eram os últimos a tomar banho.



4. Quando chegava a vez de dar banho aos bebés, a água da tina já estava tão suja que era possível perder um bebé lá dentro! É por isso que existe a expressão em inglês "don't throw the baby out with the bath water", literalmente, "não deite fora o bebé juntamente com a água do banho", que usamos para os mais apressados.

5. Os telhados das casas não tinham forro e as madeiras que os sustentavam eram o melhor lugar para os animais se aquecerem: cães, gatos e outros animais como ratos e besouros. Quando chovia, começavam as goteiras... e os animais pulavam para o chão. Assim, a expressão "está a chover a cântaros" tem o seu equivalente em inglês em "it's raining cats and dogs" (literalmente: chovem gatos e cães). Para não sujar as camas, inventaram uma espécie de cobertura, que se transformou no dossel.


6. Aqueles que tinham dinheiro, possuíam "loiça" de estanho. Certos tipos de alimentos como o tomate, oxidavam o material, o que fazia com que muita gente morresse envenenada. Daí que durante muito tempo o tomate foi considerado como venenoso.

7. Os copos de estanho eram usados para beber cerveja ou uísque. Essa combinação da bebida alcoólica com óxido de estanho, por vezes, deixava o indivíduo "K.O."! Quem passasse pela rua pensando que o fulano estava morto, recolhia o corpo e preparava o enterro.




8. O "defunto" era então colocado sobre a mesa da cozinha durante alguns dias e a família ficava à volta, em vigília, e à espera para ver se o morto acordava ou não. Daí surgiu a vigília do caixão ou velório, que em inglês se diz "wake" (acordar).

9. Como a Inglaterra é um país pequeno e não havia muito espaço para enterrar todos os mortos, os caixões eram abertos, os ossos retirados e encaminhados para o ossário e o túmulo era utilizado para outro infeliz.

10. Por vezes, ao abrir os caixões, percebiam que havia arranhões nas tampas, do lado de dentro, o que indicava que aquele morto, na verdade, tinha sido enterrado vivo. Assim, surgiu a ideia de, ao fechar os caixões, amarrar uma tira no pulso do defunto, tira essa que passava por um buraco no caixão e ficava presa a um sino. Após o enterro, alguém ficava de plantão ao lado do túmulo durante uns dias. Se o indivíduo acordasse, o movimento do braço faria o sino tocar. Assim, ele seria "saved by the bell", ou "salvo pelo gongo", como usamos hoje.



sexta-feira, 8 de outubro de 2010

FATIAS TOSTADAS




INGREDIENTES:

4 ovos
200 gramas de açúcar
250 gramas de farinha
1 colher de sopa de manteiga derretida
70-100 de amêndoa palitada (ou nozes picadas)
raspa de 1 limão
1 colher de chá de fermento


PREPARAÇÃO:

Bater bem os ovos inteiros com o açúcar até ficar em creme.
Juntar a manteiga derretida e a raspa de limão.
Adicionar a farinha com o fermento e por fim envolver as amêndoas.
Levar ao forno numa forma de bolo inglês.
Depois de frio, cortar às fatias, colocá-las em forma rectangular e levar ao forno para tostar.
Repetir esta operação para tostarem dos 2 lados.





sexta-feira, 1 de outubro de 2010

A VÍRGULA



A vírgula pode ser uma pausa... ou não.
Não, espere.
Não espere.


Pode ser uma alternativa à dúvida... ou à certeza.
Beije, não abrace!
Beije não, abrace!
Beije, não, abrace!


Ela pode sumir com seu dinheiro.
23,4.
2,34.


Pode ser autoritária.
Aceito, obrigado.
Aceito obrigado.


Pode criar heróis.
Isso só, ele resolve.
Isso só ele resolve.


E vilões.
Esse, juiz, é corrupto.
Esse juiz é corrupto.


Ela pode ser a solução.
Vamos perder, nada foi resolvido.
Vamos perder nada, foi resolvido.


A vírgula muda uma opinião.
Não queremos saber.
Não, queremos saber.


Uma vírgula muda tudo.
Não, não te quero.
Não, Não, te quero.


E finalizando:
quer café, fresco?
ou
quer café fresco?


Autor Desconhecido