sexta-feira, 26 de novembro de 2010

Amor de Amigo



Durante um confronto bélico, um orfanato de missionários numa aldeia vietnamita foi atingido por várias bombas.

Os missionários e duas crianças morreram no momento e muitas ficaram feridas, inclusive uma menina de 8 anos.

Através do rádio de uma aldeia vizinha, os habitantes procuraram o socorro dos americanos. Um médico da Marinha e uma enfermeira chegaram trazendo apenas maletas de primeiros socorros.

Perceberam logo que o caso mais grave era o da menina. Se não fossem tomadas providências imediatas, ela morreria por perda de sangue. Era urgente que se fizesse uma transfusão.

Saíram à procura de um dador com o mesmo tipo de sangue. Os americanos não tinham aquele tipo de sangue, mas muitos órfãos que não tinham sido feridos poderiam ser dadores.

O problema agora, era como pedir às crianças, já que o médico conhecia apenas algumas palavras em vietnamita e a enfermeira tinha poucas noções de francês.

Usando uma mistura das duas línguas e muita gesticulação, tentaram explicar aos assustados meninos que, se não recolocassem o sangue perdido, a menina morreria.

Então, perguntaram se alguém queria doar sangue. A resposta foi um silêncio de olhos arregalados.

Finalmente, uma mão levantou-se timidamente, deixou-se cair e levantou de novo.

Ah, obrigada - disse a enfermeira em francês. - Como é o seu nome?

O garoto respondeu em voz baixa: - Heng.

Deitaram Heng rapidamente na maca, esfregaram álcool no seu braço e espetaram a agulha na veia.

Durante estes procedimentos, Heng ficou calado e imóvel.

Passado um momento, deixou escapar um soluço e cobriu depressa o rosto com a mão livre.

Está a doer Heng? - perguntou o médico.

Heng abanou a cabeça, mas daí a pouco escapou outro soluço e mais uma vez tentou disfarçar.

O médico voltou a perguntar se doía, e ele abanou a cabeça outra vez, significando que não.

Mas os soluços ocasionais acabaram por se transformar num choro declarado, silencioso, os olhos apertados, o punho na boca para estancar os soluços.

O médico e a enfermeira ficaram preocupados. Alguma coisa obviamente estava a acontecer.

Nesse instante, chegou uma enfermeira vietnamita, enviada para ajudar. Vendo a aflição do menino, falou com ele, ouviu a resposta, e tornou a falar com voz terna, acalmando-o.

Heng parou de chorar e olhou surpreso para a enfermeira vietnamita. Ela confirmou com a cabeça e uma expressão de alívio estampou-se no rosto do menino. Então ela disse aos americanos: - Ele achou que estava a morrer. Entendeu que vocês pediram para dar todo o sangue dele para a menina poder viver.

E porque concordou ele? - perguntou o médico.

A enfermeira vietnamita repetiu a pergunta, e Heng respondeu simplesmente: - Ela é minha amiga.

Faz-me lembrar o meu
Amigo Jesus... só que Ele morreu mesmo por mim para eu poder viver! Obrigada Jesus!                                                 (John W. Mansur)



sexta-feira, 5 de novembro de 2010

Um Sorriso





Um sorriso custa pouco,
mas rende muito.
Não empobrece quem o dá
e enriquece quem o recebe.
Dura só um instante,
mas perdura na lembrança para sempre.
Ninguém é tão pobre que o não possa oferecer a todos.
É sinal externo da amizade profunda.

Um sorriso
alivia o cansaço,
retempera as forças
e é conforto na tristeza.

Um sorriso tem valor desde o momento em que se dá.

Se pensas que o sorriso não vale nada para ti,
sê generoso e dá o teu, porque ninguém precisa tanto do sorriso
como aquele que não sabe sorrir.