domingo, 28 de janeiro de 2018

                                                     





                                                       Como você trata os animais?


O justo atenta para a vida dos seus animais, mas o coração dos perversos é cruel. Prov. 12:10.

Você sabia que o caráter de uma pessoa pode ser medido pela maneira como trata os animais? “O justo,” afirma Salomão, “atenta para a vida dos animais.” Na verdade, o justo atenta para a vida. Sabe que a vida é uma expressão do amor de Deus. No caso dos animais, é uma vida dependente.
Quando Deus criou o ser humano, disse-lhe: “Sede fecundos, multiplicai-vos, enchei a terra e sujeitai-a; dominai sobre os peixes do mar, sobre as aves dos céus e sobre todo o animal que rasteja pela terra.” Gén. 1:28.
O verbo dominar não significa apenas subjugar com propósitos egoístas, mas cuidar e proteger. A vida humana é uma vida inteligente, e os animais são seres irracionais.
A maneira como tratamos os animais expressa, de certo modo, a maneira como tratamos a vida e os seres humanos que estão sob a nossa responsabilidade. As pessoas merecem compaixão. Merecem justiça.
Seja justo. “O justo atenta para a vida.”
No lado oposto da justiça está a injustiça, que se deriva em crueldade. O perverso é déspota até quando é compassivo. Olha para baixo.
Como se, pelo facto de precisarem de ajuda, as pessoas fossem menos humanas do que ele.
Se pudéssemos levar ao laboratório os sentimentos do perverso, veríamos que a crueldade não passa de uma autopunição inconsciente pelo desassossego que seu coração sente. O perverso não é feliz. Não sabe explicar por que, mas sente que falta algo e se culpa por isso e se maltrata com atos de crueldade para com os demais. Acredita que isso aumentará a dor que ele inconscientemente acha que merece.
Se pudesse olhar em outra direção, veria que ser feliz é simples. Não tem complicação nenhuma. É apenas reconhecer-se como criatura. Reconhecer que existe Deus. Seguir os Seus conselhos e enfrentar as lutas da vida com a certeza de que não está sozinho.
Viva hoje uma experiência de amor e de justiça. Faça o bem a quem supostamente precisa de você, porque: “O justo atenta para a vida dos seus animais, mas o coração dos perversos é cruel.”


Extraído por: Janelas para a Vida

Escrito por: Pastor Allejandro Bullon



 

domingo, 14 de janeiro de 2018


Uma Explicação Improvável

E disse Maria ao anjo: Como se fará isto, visto que não conheço varão? E, respondendo o anjo, disse-lhe: Descerá sobre ti o Espírito Santo, e a virtude do Altíssimo te cobrirá com a sua sombra; pelo que, também, o Santo, que de ti há de nascer, será chamado Filho de Deus… Porque, para Deus, nada é impossível. Lucas 1:34-37.

Maria podia ser jovem, inocente e provavelmente um pouco ingénua, mas ela conhecia os factos da vida. Ela também compreendia que os bebés não vêm do ar, que é preciso um homem e uma mulher para os conceber. Daí a sua pergunta ter sido muito apropriada: “Mas como posso ter um filho? Eu sou uma virgem” (Lucas 1:34, A Bíblia Viva); “Não sou casada” (Philips); “Nunca dormi com um homem” (Message).
            A pergunta foi bastante normal – uma reação esperada. A resposta de Gabriel, porém, deve ter feito esta jovem mulher cair das nuvens: “Descerá sobre ti o Espírito Santo, e a virtude do Altíssimo te cobrirá com a sua sombra” (versículo 35). Eis aqui uma explicação que é única e incompreensível. Faz parte da Incarnação. Por esta altura a cabeça de Maria devia estar num redemoinho, com todo o tipo de emoções extraordinárias.
Contudo, o que estava claro na situação é que a criança teria por pai Deus Espírito Santo.
Temos aqui um mistério que nem conseguimos sequer começar a entender. A Bíblia não procura explica-lo, cita-o simplesmente como facto.
            A criança que iria nascer dessa improvável união é chamada “o Santo”. A ideia fundamental contida na palavra “santo” (hagios) é “separado” ou “diferente”. O que é santo é separado dos caminhos pecaminosos do mundo e posto à parte para Deus e dedicado a Ele. O que interessa aqui é que, ao contrário de todo o resto da Humanidade, Jesus nasceu santo. Todos os outros seres humanos poderão tornar-se santos no segundo nascimento quando aceitam o Cristianismo (João 3:3-5), mas Jesus nasceu dessa forma no Seu nascimento natural. Ele entrou no mundo num estado nascido de novo. Por isso, Ele teve o desejo de fazer o bem desde o Seu nascimento.
            Ouve-se, nalguns círculos, muita argumentação sobre a natureza humana de Cristo. É difícil seguir todos os argumentos. A Bíblia, no entanto, logo no começo da história do Evangelho diz-nos que Jesus era diferente na medida em que nasceu santo. Ninguém disse isto a meu respeito (nem a seu respeito, leitor) quando nasci. Só que eu também não nasci de uma virgem, tendo como meu pai o Espírito Santo. Se o tivesse tido, então, e só então, eu seria exatamente como Jesus. Ele nasceu santo, enquanto eu nasci sob os efeitos do pecado de Adão (Rom. 5:12).


Pai, ao meditarmos sobre o mistério da Incarnação, ajuda-nos a aprender mais da majestade e da maravilha de tudo isso.


Fixa os teus olhos em Jesus

quarta-feira, 3 de janeiro de 2018



Jesus e o Outro Princípio


Todas as coisas foram feitas por ele, e, sem ele, nada do que foi feito se fez. Nele estava a vida. João 1:3 e 4.

O primeiro princípio no Evangelho de João é um princípio sem começo, refletindo a eterna pré-existência do Cristo divino.
João, porém, apresenta um segundo princípio nos versículos 3 e 4 – o princípio da Criação. O apóstolo Paulo comenta sobre este começo quando escreve “nele foram criadas todas as coisas que há, nos céus e na terra, visíveis e invisíveis, … tudo foi criado por ele e para ele” (Col 1:16). E o livro aos Hebreus declara que foi através de Cristo que Deus “fez, também, o mundo” (Hebreus 1:2).
                Assim, o Bebé de Belém era muito mais do que simplesmente mais uma pessoa na cansada história deste mundo. A Bíblia apresenta-O como o Deus Criador, que tem “vida” em Si mesmo” (João 5:26). O livro O Desejado de Todas as Nações capta esta verdade quando afirma que “em Cristo há vida original, não emprestada, não derivada.”
Foi ter essa vida em Si mesmo que capacitou o Verbo a agir na Criação. E não é por acaso que o apóstolo João descreve o Cristo criativo como o Verbo (ou a Palavra.) Afinal, é o ato de falar que anuncia o começo de cada dia da Semana da Criação. “E disse Deus” reflete o significado da Palavra (ou o Verbo) em João 1:1-5 (ver Gén. 1:3, 6, 9, 14, 20, 24).
Consequentemente, foi também o Verbo eterno que guardou o Sábado no final da Semana da Criação. “Assim,” é o que lemos, “os céus, e a terra, e todo o exército foram acabados. E havendo Deus acabado, no dia sétimo, a sua obra que tinha feito, descansou no sétimo dia de toda a sua obra, que tinha feito. E abençoou Deus o dia sétimo, e o santificou; porque nele descansou de toda a sua obra, que criara e fizera” (Gén. 2:1-3).
Perante isto, não admira que Jesus tenha referido que “o Filho do homem até do Sábado é Senhor” (Marcos 2:28).
 O Evangelho de João não anda com rodeios quando se trata de apresentar Jesus. Ele não é apenas a criança nascida em Belém.
Não! Ele é o Deus eterno. Ele é o Criador de tudo o que existe. Ele tem vida em Si mesmo.


                Ao fixarmos os nossos olhos neste Jesus, a nossa mente é desafiada e fica maravilhada relativamente à verdadeira identidade do nosso Salvador.

terça-feira, 2 de janeiro de 2018

O Verdadeiro Princípio de Jesus


No princípio era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus. João 1:1.

Aqui está o verdadeiro princípio da história de Jesus. Enquanto Mateus e Lucas começam os respetivos Evangelhos com o nascimento miraculoso de Jesus, e Marcos com o início do Seu ministério, João leva os seus leitores até ao princípio dos princípios.
             E que princípio foi esse? Comecemos por ir a Génesis 1:1. “No princípio, criou Deus os céus e a terra.” Contudo, não é aí que João 1:1 começa. Afinal, de acordo com o versículo 3 de João, Jesus já existia antes da criação narrada no Génesis, sendo Ele um agente ativo da mesma. (compare com Col. 1:16; Heb. 1:2).
Consequentemente, João faz recuar a nossa mente não de volta à história da Criação de Génesis 1, mas até à vasta eternidade anterior à Criação e até ao lugar de Cristo, o Verbo, no ilimitado infinito do tempo. Ellen G. White capta as profundidades dessa eternidade quando escreve que Cristo “era igual a Deus, infinito e omnipotente… É o Filho eterno, existente por Si mesmo.” (Evangelismo, p. 615). Quando o apóstolo João diz “princípio” quer dizer o verdadeiro princípio antes da criação fosse do que fosse.
O apóstolo prossegue fazendo duas outras afirmações a respeito do Verbo. A primeira é que Ele “estava com Deus.” O decorrer do quarto Evangelho ajuda-nos a compreender o significado desse “com”. O Evangelho apresenta Jesus como estando ao lado do Pai (João 1:18), o Pai a colocar todas as coisas nas Suas mãos (João 3:35), Ele o Pai sendo um (João 10:30) e assim por diante, ao longo da história do Evangelho. Desta forma, a segunda declaração de João acerca do Verbo, quando ligada à primeira, apresenta Cristo como o Verbo que, desde toda a eternidade, desfrutou de profunda intimidade com o Pai.
A última declaração a respeito do Verbo iguala-O a Deus. É importante notar aqui que João não diz que Jesus é o Pai. Afinal, o seu Evangelho apresenta os dois como entidades distintas, capazes de falar com e acerca um do outro. Desta forma, tanto o Pai como o Filho são identificadas nas Escrituras como “Deus” (comparar com Heb. 1:8). Podemos dizer que partilham o mesmo nome de família (Deus), mas têm diferentes funções.

Pai, ao nos curvarmos diante de Ti em oração, a nossa mente sente-se profundamente tocada pelo facto de o Bebé nascido como Jesus de Nazaré ser o eterno Deus. Obrigado pela Dádiva de todas as dádivas. Ao prosseguirmos com o nosso estudo, ajuda-nos a começar a aprender o significado dessa dádiva para o nosso mundo e para a nossa vida.

Extraído por: Fixa Teus Olhos em Jesus de George R. Knight

segunda-feira, 1 de janeiro de 2018

Onde começar?



E o anjo lhes disse: Não temais, porque eis vos trago novas de grande alegria, que será para todo o povo: Pois, na cidade de David, vos nasceu hoje o Salvador, que é Cristo, o Senhor. Lucas 2:10 e 11.

Onde começar a história de Jesus? Esse é o problema. Naturalmente que poderíamos começar com o Seu nascimento em Belém. No entanto, isso faria perder a maior parte da história. Afinal, a descrição que a Bíblia faz dos Seus 33 anos da Terra pouco mais é do que a ponta do iceberg de uma existência que vem da eternidade no passado até à eternidade no futuro. Por isso, estas meditações matinais sobre a vida de Cristo começarão com a Sua história antes da incarnação e terminarão com o Seu ministério depois da Ascensão, o qual se prolonga até ao infinito.
O hino tema para o nosso percurso ao longo deste ano de contemplação do nosso Senhor é de Helen Lemmel, “Fixa Teus Olhos no Mestre”. Como parte da nossa experiência de meditação diária, deixo aqui a sugestão que cantemos o coro todos os dias:
        Fixa teus olhos no Mestre,
        Confia no bom Salvador,
        Fruirás, na luta terrestre,
       Maravilhas do Seu doce amor.
Depois de repetidas 365 vezes, garanto que as palavras terão sido memorizadas e que virão repetidas vezes à nossa mente ao longo do resto da nossa vida.
Entretanto, precisamos de fixar os olhos no Jesus anunciado na proclamação do anjo aos pastores em Lucas 2:10 e 11. É provável que o aspeto mais relevante desta passagem seja a referência ao bebé recém-nascido como “Cristo, o Senhor”.
Esta descrição teria saltado das páginas para os olhos dos primeiros leitores da Bíblia. Afinal de contas, “Senhor” é a palavra usada no grego para “Jeová”, precisamente o nome de Deus no Velho Testamento. Desta forma, o anúncio do anjo declarava aquela criança como divina. Mais tarde, os leitores gentios teriam captado a mesma mensagem, uma vez que o mundo pagão empregava frequentemente o termo referindo-se às suas divindades.
O termo Cristo é também uma expressão da divindade de Jesus, dado que é a tradução grega de “Messias”, palavra que significa “o ungido”. Embora se pudesse ver um rei ou um sacerdote como ungidos, os Judeus esperavam que em devido tempo, Deus enviara o ungido, alguém que cumpriria a Sua vontade de uma maneira especial.
E de que maneira! As “novas de grande alegria” que o anjo trouxe anunciavam que Jesus iria ser o “Salvador” de “todo o povo”. Juntemo-nos nós também à alegria dos anjos (versículos 13 e 14).


Extraído por: Fixa Teus Olhos em Jesus de George R. Knight