quinta-feira, 15 de junho de 2017



Riscos

Existem histórias, problemas ou charadas com algum humor, que encerram lições úteis. Pense na solução do seguinte problema:

“Estão três sapos em cima de uma grande folha de nenúfar. Um deles decide pular da folha para a água. Quantos sapos restam sobre a folha?”

A resposta correta é: três sapos. É que o sapo apenas decidiu pular, mas não saltou.

Não acha que, por vezes, muitos de nós, nos parecemos com o sapo? Decidimos fazer isto ou aquilo, mas afinal, não fazemos nada.

Na vida que vamos vivendo, temos que tomar constantes decisões. Algumas fáceis, óbvias, naturais, e quase inconscientes, outras verdadeiramente complicadas.
Até mesmo nas situações mais banais do nosso quotidiano, teremos de fazer escolhas e tomar decisões. Todas têm consequências sobre nós e/ou os outros. A vida humana é uma adição de ponderações, avaliações, escolhas e decisões. Em todas essas operações correm-se riscos.

            Por exemplo: rir é correr o risco de parecer tolo. Chorar é correr o risco de parecer sentimental. Abrir-se para alguém é arriscar o envolvimento com essa pessoa. Expor as ideias e sonhos é arriscar-se a perdê-los. Tentar é correr o risco de falhar. Amar é correr o risco de não ser amado. Ter esperança é correr o risco de se dececionado. Dormir é correr o risco de não acordar. Viajar é correr o risco de ter um acidente. Ficar em casa é correr o risco de ficar soterrado devido a um terramoto. Ter um trabalho é correr o risco de ficar no desemprego. Enfim, poderíamos continuar a lista dos riscos… Mas já percebemos que viver é correr o risco de morrer.

            Os riscos precisam de ser enfrentados, porque o maior risco na vida é não arriscar nada. A pessoa que não arrisca nada, não faz nada, não tem nada, não é nada. Ao não arriscar, ela julga poder evitar o sofrimento e a dor. Porém, não aprende, não muda, não sente, não cresce, não se realiza, não vive. Quem não arrisca a passar à ação, depois da decisão, é como se fosse um escravo que teme a liberdade. E ninguém quer ser escravo. Já Salomão, o sábio, aconselhou: (Prov. 6:6-11): “Vai ver a formiga, ó preguiçosa! Vê como ela faz e aprende a lição. Ainda que não tenha nem o chefe, nem governador, nem superior, contudo, sabe que deve trabalhar bem no Verão, juntando alimento em vistas do Inverno. Mas tu, preguiçoso, tudo o que sabes fazer é dormir! Quando é que te levantas e despertas?”

Extraído do livro “Pensar faz bem"

Ezequiel Quintino