sexta-feira, 23 de dezembro de 2016







Não Houve Lugar para Eles na Estalagem


“E deu à luz a seu filho primogénito, e envolveu-o em panos, e deitou-o numa manjedoura, porque não havia lugar para eles na estalagem.” Lucas 2:7.

Os habitantes de Belém estavam muito atarefados. O recenseamento que César Augusto tinha decretado era um registo de pessoas e bens para facilitar a cobrança dos impostos. Todos tinham que o fazer no seu lugar de origem e não no de residência, de modo que, em certos lugares como Belém, havia tráfego e aglomeração de pessoas chegadas de outros lugares da Palestina, aos quais havia que providenciar comida e alojamento. Eram dias de muito trabalho para os residentes, mas, ao mesmo tempo, de lucros abundantes. José e Maria chegaram de Nazaré e procuraram um lugar onde se alojar. Ela já tinha completado nove meses de gravidez e a possibilidade de se dar o parto preocupava-os. Bateram às portas e suplicaram hospitalidade das pessoas de Belém, mas portas e corações fecharam-se com indiferença e, possivelmente, com egoísmo. O texto diz: “Não havia lugar para eles na estalagem.”
            A estalagem consistia num grande recinto construído em pedra que tinha um pátio ao centro, onde se guardavam os quartos à volta. Mas estava tudo ocupado. Ninguém lhes ofereceu um cantinho sequer onde se pudesse alojar. Ninguém teve compaixão do santo casal. E a angústia de ambos ia aumentando porque Maria começava já a sentir as contrações do parto. Cada passo que davam, cada resposta negativa que recebiam, cada gesto de indiferença, cada dor de Maria e cada angústia de José iam aproximando o nascimento de Jesus e a Salvação do mundo. Finalmente, alguém lhes ofereceu um estábulo numa gruta que tinha estrebarias para albergar animais durante as muito frias. Ali nasceu o Filho de Deus, Rei dos reis e Senhor dos senhores.
A que se deveu a insensível rejeição e indiferença dos habitantes de Belém? Naqueles dias de aglomeração de viajantes, os seus corações estavam demasiado ocupados com os cuidados desta vida, nos trabalhos e lucros, para descobrirem a urgente necessidade do casal. Corações carregados de materialismo, capazes de rejeitar e de lançar fora da sua vida e do seu lar o Salvador do mundo. Quantos estão, ainda hoje, dominados por este mesmo espírito!
Hoje convido-te a preparares o coração para receberes Jesus. Não O deixes passar pela tua vida!




Extraído do livro Mas Há Um Deus No Céu por Carlos Puyol Buil

quarta-feira, 21 de dezembro de 2016


O Filho do Carpinteiro



 “E, projetando ele isto, eis que em sonho lhe apareceu um anjo do Senhor, dizendo: José, filho de Davi, não temas receber Maria, tua mulher, porque o que nela está gerado é do Espírito Santo.” Mateus 1:20.

José e Maria estavam noivos. O noivado era um compromisso formal, anterior ao casamento, no qual, embora não morassem juntos ainda, se consideravam tão ligados entre si que lhes chamava marido e mulher, devendo, para desfazer o noivado, repudiar com carta de divórcio como se se tratasse de cônjuges. Algum tempo depois do noivado, o noivo levava solenemente a noiva para a sua casa e o matrimónio considerava-se consumado. No caso de José e Maria, o que provavelmente aconteceu foi que, depois de três meses da estadia de Maria na casa de Isabel, José quis levá-la para sua casa e descobriu então aquela surpreendente gravidez. A sua primeira atitude foi de perplexidade face a dois deveres contraditórios: por um lado, não podia casar com Maria, não sabendo a origem da gravidez ou não acreditando nela; mas, por outro lado, a pureza, a candura, as explicações e as lágrimas da sua prometida não lhe permitiam tão pouco expô-la à ignomínia e menos ainda ao rigor da Lei. Assim, decidiu separar-se dela secretamente, sem indicar a causa, o que implicava que teria que levar, juntamente com Maria, parte da vergonha. Mas Deus conhecia as intenções de José e tinha outro plano: o anjo revelaria a este bom homem a realidade do que tinha ocorrido e pedir-lhe-ia que aceitasse o plano divino com todas as suas consequências. E José, confiando na justa e sábia providência divina, renunciando a qualquer defesa da sua honra como esposo de Maria, aceitou e “fez como o anjo do Senhor lhe ordenara, e recebeu sua mulher”(Lucas 1:24).
Jesus cresceu em Nazaré rodeado de amigos e vizinhos. No entanto, quando chegou o tempo de iniciar o Seu ministério e levar a cabo milagres e maravilhas, assim como de expor poderosamente as Escrituras, aqueles que O tinham visto crescer perguntavam-se com assombro: “Não é este o filho do carpinteiro?” Mateus 13:55. José aceitou ser o pai adotivo de Jesus. Não apenas desempenhou este papel nas cenas da Natividade, mas ao longo do resto da sua vida.
Mas há um Deus nos Céus… quando não compreendemos a vontade de Deus e quando os Seus pedidos parecem, aparentemente, incompreensíveis.
Confia hoje na Sua Palavra. Recorda as palavras de Jesus a Pedro: “O que eu faço não o sabes tu agora, mas tu o saberás depois”(João 13:7).   

Extraído de: "Mas há um Deus no Céu" de Carlos Puyol Buil

domingo, 20 de novembro de 2016

O saco do Pai Natal



- O saco do Pai Natal desapareceu! O saco do Pai Natal desapareceu!
Estava uma grande confusão na oficina do Pai Natal. Os duendes corriam por todos os lados. Estava a chegar a hora de partir e ninguém sabia do saco do Pai Natal desde que fora usado no dia anterior.
- Que desgraça! – exclamou o Pai Natal. – Já devíamos ter enchido o saco de presentes para as crianças de todo o mundo! Se me atrasar, nunca mais irei conseguir terminar a viagem antes do amanhecer.
Os duendes corriam por todo o lado, empurrando-se uns aos outros.
- Oh! Oh! Oh! – declarou o Pai Natal. – Vamos pensar, meus amigos!
Este saco não pode ter desaparecido! E a corrermos como doidos, não o vamos encontrar. Temos de nos organizar. Os duendes azuis vão procurar na oficina. Os duendes vermelhos, nos estábulos das renas. Os duendes amarelos, no jardim.
Os duendes verdes, na minha casa. Dou-vos cinco minutos.
Depois, regressem aqui. Isto está a deixar-me exausto.
Cansado de tanta agitação, o Pai Natal sentou-se. Mas sabia que ainda lhe faltavam fazer muitas coisas naquela noite, não se podia dar ao luxo de partir atrasado.
Cinco minutos depois, os duendes regressaram, alinhando-se em frente ao Pai Natal, que estava cada vez mais preocupado.
- Duendes vermelhos?
- Nada, Pai Natal.
- Duendes azuis?
- Nem uma pista…
- Duendes amarelos?
- Nem uma sombra do saco!
- Duendes verdes?
- Infelizmente…

Estava a ser de mais! O Pai Natal ficou vermelho de tão furioso.
- O saco não pode ter desaparecido!
Vocês sabem que sem o meu saco mágico não posso distribuir os presentes… O que vão pensar as crianças?
De repente, ouviu-se uma voz fraquinha: era um duende violeta.
            - Pai Natal, acho que se sentou em cima dele.
O pobre Pai Natal virou-se e desatou a rir às gargalhadas.
- Bem, meus amigos, espero que esta tenha sido a primeira e a última vez que isto me acontece. Vamos lá, está na hora de encher o saco e partir.
Meu dito, meu feito.
- Feliz Natal às crianças de todo o mundo! – exclamou o Pai Natal, desaparecendo por entre as estrelas.

Conto de: Ella Coalman

domingo, 2 de outubro de 2016


A amizade consiste na delicadeza de estar disponível 
para o outro




     Sempre existe em cada um de nós uma palavra não dita, um sentimento inconfesso e reprimido, um desejo implícito que quer ter vida. O nosso eu interno precisa de ar. Precisa respirar um pouco aqui fora, no mundo onde talvez ele possa ser compreendido e amado. Mas no cotidiano das urgências e dos prazos, onde o Ter impera e o Ser vai perdendo mais e mais status, já não há muito espaço para a expressão do sentir.
     E, se poucos são aqueles que param para ponderar acerca das próprias emoções e desejos, quem teria, nos dias de hoje, tempo e interesse de ouvir o desabafo do outro?
Na tentativa de sublimar os seus conflitos internos, os poetas versejam o que punge, os pintores delineiam as emoções em traços e tons, os escultores se esmeram em dar expressão concreta aos abstratos da alma, os músicos dão som aos ais e às alegrias mais profundas. Mas, e aqueles que não se inclinam às artes? A estas, que correspondem à esmagadora maioria de nós, resta a velha terapêutica da amizade: o desabafo.
     Desabafar é fazer fluir a palavra para dar vazão a uma emoção afogada em nossa represa interior. A dor pode deslizar nas ondas das frases, a alegria pode transbordar dos verbos e dos substantivos mais delicados… O desejo, a frustração, tudo muda quando dito, quando confessado. A emoção recebe rajadas de luz. Mas poucos, infelizmente, são aqueles que, hoje, ao apregoarem ou até jurarem uma sincera amizade, emprestam seus ouvidos ao outro.
     Penso que talvez a maioria de nós não perceba que quem desabafa não quer conselho. Não quer norte. Não quer reprimenda ou aplauso. Só quer saber que outro humano se importa. Que outro humano é capaz ouvir e talvez dimensionar a sua dor. Quer sentir que no mundo há outros que também sentem e que compreendem os seus vazios, ou as suas falsas plenitudes.
     Talvez o que temamos seja ver no outro a nossa dor espelhada a que há muito não notamos, e que está abafada, aturdida, asfixiada pela pressa cotidiana, mas que, em silêncio, sangra. Talvez o que tenhamos, de fato, seja o medo de constatar a imensa humanidade que ainda resta em nós, embora nos cerquemos de máquinas e números e metas concretas.
     Não ouvir, não querer ler no outro as linhas mais significativas do seu íntimo é prova incontestável de que a amizade inexiste. A amizade consiste na delicadeza do “estar disponível” para sentir o outro. Ela é o exercício da empatia.
     Aquele que é incapaz de ouvir, por mais bem-sucedido que seja no mundo dos fatos, é ainda indigente nos terrenos da alma. É estrangeiro no solo da afeição. E nem percebe que, de tanto omitir-se de ouvir, a sua alma emudece e se esquece, um tanto mais e a cada dia, do existir.

Artigo de  Nara Rúbia Ribeiro
Advogada, poeta, escritora, idealizadora e responsável pela edição geral da Revista Pazes.

segunda-feira, 1 de agosto de 2016

Comeu e quer ir ao mar? Vá, mas vá com calma

Morrer de congestão é um mito. Mais um. Quando muito morre-se por desmaiar dentro de água. Portanto tente não entrar na água muito rápido para evitar o choque térmico. Evite entrar no mar de repente se estiver muito quente

 “Mãe, pai, já está na hora de ir ao banho?” Se não ouviu esta frase dos seus filhos, talvez a tenha repetido vezes sem conta aos seus pais. Depois, a resposta que nenhuma criança quer ouvir: “Não. Ainda não fizeste a digestão.” Mas será que temos mesmo de esperar ou isto não passa de um mito urbano? Ou uma mentira “inocente” que ajuda os pais a manterem os filhos mais tempo na areia?
É verdade que quando estamos a fazer a digestão há uma maior quantidade de sangue dirigida ao nosso sistema digestivo para que o processo decorra rapidamente e sem problemas de maior, por isso Rui Capucho, médico na Unidade de Saúde Pública de Chaves, recomenda que “haja algum tempo entre a refeição e o banho de mar”. Mas quanto tempo? Uma digestão de três horas meia, que tantas vezes ouvimos, depende muito da quantidade de comida. O médico diz ao Observador que a “digestão de uma refeição leve fica feita em uma hora ou hora e meia”.
Esperar pelo fim da digestão faz ainda menos sentido – imagine-se – para as crianças, diz ao Observador o pediatra Mário Cordeiro. “Isso justifica-se nos casos de adultos que comem muito (uma sardinhada ou uma feijoada), bebem bastante, depois ficam ao Sol a dormitar e, de repente, entram dentro de água. Aí, sim, pode haver uma alteração dos fluxos sanguíneos da parte gastrointestinal para outras, havendo a chamada ‘paragem de digestão'”, alerta o médico. “Não é o que se passa com as crianças, que comem muito pouco (mesmo as que comem bem), não bebem álcool e vão-se molhando na praia a pouco e pouco, não estando a dormir ao sol.”
“Molhar aos poucos é uma recomendação sempre avisada”, lembra Mário Cordeiro. Porque se o fluxo de sangue está mais concentrado no sistema digestivo, entrar na água fria pode fazer com que este se desvie para os órgãos vitais, na tentativa de manter a temperatura normal destes órgãos. O mesmo aconteceria se depois de uma grande refeição fosse fazer exercício físico intenso – o sangue era desviado para os músculos. Por isso, o pediatra recomenda, para adultos e crianças, fraccionar as refeições e não comer demasiado. É que lutar contra as ondas do Oeste parece quase uma aula intensa de ginásio.
Quando o sangue é desviado do estômago, isso pode dificultar o processo digestivo ou mesmo parar a digestão. Podem acontecer enjoos ou vómitos, refere o médico de saúde pública, mas “congestões e mortes por entrar na água depois de comer é um mito”. “Do ponto de vista científico não existe congestão”, confirma Mário Jorge Santos, presidente da Associação de Médicos de Saúde Pública. O maior risco são as diferenças muito bruscas de temperatura – como um mergulho na água fria depois de muito tempo ao Sol -, que podem provocar um choque térmico.
O choque térmico vai provocar uma reação vasovagal – uma reação repentina lhe leva o sangue para as extremidades em vez de o levar para o cérebro. “[Esta reação] provoca uma baixa de tensão arterial repentina e pode assim provocar um desmaio. E um desmaio dentro de água pode resultar em morte”, explica Rui Capucho. É daqui que parece vir a dita expressão: “morte por congestão”.
Rui Capucho explica que os desmaios devido choque térmico também acontecem frequentemente com idosos quando estão ao pé da lareira e vão para o exterior durante o inverno frio (ou vice-versa). Mário Jorge Santos ainda acrescenta ainda que “a maior parte das mortes por afogamento têm a ver com as condições do mar ou com questões de saúde, como problemas de coração ou diabetes”.

Os alimentos ou bebidas gelados podem dificultar a digestão, mas sobretudo naqueles que comeram muito à refeição 
Como o problema aqui é o choque térmico, um duche depois da refeição – a não ser que pense em tomar um banho de água gelada – não tem qualquer problema. E não precisa de ser nos 20 ou 30 minutos depois da refeição – mais um mito. E já agora também não se deixe cair nas crenças populares de que não pode cortar o cabelo, a barba ou as unhas depois de ter comido.
Já com as bebidas muito frias ou com os gelados durante a digestão é melhor ter um pouco mais cuidado. “Sendo o estômago uma ‘panela de cozer’, deitar algo muito frio, pode ‘encruar’ o que lá está dificultando a digestão, tal e qual uma panela de arroz. É por isso que, nas culturas orientais, se acompanham as refeições com chá morno ou quente”, explica Mário Cordeiro. “[Adicionalmente,] muita quantidade de líquidos pode diluir os sucos gástricos, tornando a digestão estomacal menos eficiente e mais lenta.” No entanto o pediatra não considera que isso seja um problema grave para as crianças, porque estas comem pouco.

O pediatra termina deixando algumas recomendações para adultos e crianças. Estejam “atentos a sinais como enjoo, má disposição, dores de cabeça, vómitos”. “Quando a água está muito fria molhar por partes, nomeadamente a nuca, os ombros e o peito.” Evite também estar muito tempo ao Sol, especialmente sem chapéu, e deixe as refeições pesadas para os dias encobertos em que decide não ir à praia.

Publicado por "Observador" em 28/08/2015

domingo, 3 de abril de 2016

Como seria?


Como seria…
Se Deus não tivesse tempo para nos abençoar hoje,
porque nós não tivemos tempo para Lhe agradecer ontem?
Como seria…
Se Ele decidisse não nos guiar amanhã, porque nós não O seguimos hoje?
Como seria…
Se Deus não caminhasse connosco,
porque não reconhecemos cada novo dia como um presente que Ele nos dá?
Como seria…
Se nunca mais víssemos uma flor brotar,
porque praguejamos quando Ele faz chover?
Como seria…
Se Deus deixasse de nos amar e cuidar de nós,
porque deixamos de amar e de nos importar com o nosso próximo?
Como seria…
Se Ele hoje rasgasse as Suas leis escritas,
porque ontem não lemos o que Ele disse, e desistisse de nos ensinar amanhã?
Como seria…
Se Deus nos privasse das Suas mensagens,
porque pouco ouvimos os Seus mensageiros?
Como seria…
Se Ele não tivesse tomado prévias providências,
para que estivéssemos preparados para pagar o preço dos males que causamos?
Como seria…
Se Deus não nos ouvisse hoje
só por prever que não O ouviremos amanhã?
Como seria…
Se Ele ouvisse as nossas preces
da mesma forma que ouvimos os Seus chamados para o serviço do Bem?
Como seria…
Se Deus nos fechasse todas as portas
só porque não abrimos os nossos corações?
Como será…
Se não nos importarmos com as nossas respostas, nem as partilharmos com multidões?
                                                                   Extraído de Pensar faz bem de Ezequiel Quintino

Oh!... Mas como será…
se hoje agarrarmos a mão de Jesus e caminharmos juntinhos com Ele todos os dias?
Vamos fazer isto e ser felizes?

sexta-feira, 12 de fevereiro de 2016

Oi amigos! Desculpem o meu silêncio mas cheguei há pouco desta viagem... que tal??? Querem ir também?


domingo, 17 de janeiro de 2016

Olá amigos! Espero que tenham um ótimo Ano de 2016 e muito abençoado por Deus!

Vamos começar o ano com alegria? Vejam isto: