terça-feira, 2 de janeiro de 2018

O Verdadeiro Princípio de Jesus


No princípio era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus. João 1:1.

Aqui está o verdadeiro princípio da história de Jesus. Enquanto Mateus e Lucas começam os respetivos Evangelhos com o nascimento miraculoso de Jesus, e Marcos com o início do Seu ministério, João leva os seus leitores até ao princípio dos princípios.
             E que princípio foi esse? Comecemos por ir a Génesis 1:1. “No princípio, criou Deus os céus e a terra.” Contudo, não é aí que João 1:1 começa. Afinal, de acordo com o versículo 3 de João, Jesus já existia antes da criação narrada no Génesis, sendo Ele um agente ativo da mesma. (compare com Col. 1:16; Heb. 1:2).
Consequentemente, João faz recuar a nossa mente não de volta à história da Criação de Génesis 1, mas até à vasta eternidade anterior à Criação e até ao lugar de Cristo, o Verbo, no ilimitado infinito do tempo. Ellen G. White capta as profundidades dessa eternidade quando escreve que Cristo “era igual a Deus, infinito e omnipotente… É o Filho eterno, existente por Si mesmo.” (Evangelismo, p. 615). Quando o apóstolo João diz “princípio” quer dizer o verdadeiro princípio antes da criação fosse do que fosse.
O apóstolo prossegue fazendo duas outras afirmações a respeito do Verbo. A primeira é que Ele “estava com Deus.” O decorrer do quarto Evangelho ajuda-nos a compreender o significado desse “com”. O Evangelho apresenta Jesus como estando ao lado do Pai (João 1:18), o Pai a colocar todas as coisas nas Suas mãos (João 3:35), Ele o Pai sendo um (João 10:30) e assim por diante, ao longo da história do Evangelho. Desta forma, a segunda declaração de João acerca do Verbo, quando ligada à primeira, apresenta Cristo como o Verbo que, desde toda a eternidade, desfrutou de profunda intimidade com o Pai.
A última declaração a respeito do Verbo iguala-O a Deus. É importante notar aqui que João não diz que Jesus é o Pai. Afinal, o seu Evangelho apresenta os dois como entidades distintas, capazes de falar com e acerca um do outro. Desta forma, tanto o Pai como o Filho são identificadas nas Escrituras como “Deus” (comparar com Heb. 1:8). Podemos dizer que partilham o mesmo nome de família (Deus), mas têm diferentes funções.

Pai, ao nos curvarmos diante de Ti em oração, a nossa mente sente-se profundamente tocada pelo facto de o Bebé nascido como Jesus de Nazaré ser o eterno Deus. Obrigado pela Dádiva de todas as dádivas. Ao prosseguirmos com o nosso estudo, ajuda-nos a começar a aprender o significado dessa dádiva para o nosso mundo e para a nossa vida.

Extraído por: Fixa Teus Olhos em Jesus de George R. Knight

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