Riscos
Existem
histórias, problemas ou charadas com algum humor, que encerram lições úteis.
Pense na solução do seguinte problema:
“Estão
três sapos em cima de uma grande folha de nenúfar. Um deles decide pular da
folha para a água. Quantos sapos restam sobre a folha?”
A
resposta correta é: três sapos. É que o sapo apenas decidiu pular, mas não
saltou.
Não
acha que, por vezes, muitos de nós, nos parecemos com o sapo? Decidimos fazer
isto ou aquilo, mas afinal, não fazemos nada.
Na
vida que vamos vivendo, temos que tomar constantes decisões. Algumas fáceis,
óbvias, naturais, e quase inconscientes, outras verdadeiramente complicadas.
Até
mesmo nas situações mais banais do nosso quotidiano, teremos de fazer escolhas
e tomar decisões. Todas têm consequências sobre nós e/ou os outros. A vida
humana é uma adição de ponderações, avaliações, escolhas e decisões. Em todas
essas operações correm-se riscos.
Por exemplo: rir é correr o risco de
parecer tolo. Chorar é correr o risco de parecer sentimental. Abrir-se para
alguém é arriscar o envolvimento com essa pessoa. Expor as ideias e sonhos é
arriscar-se a perdê-los. Tentar é correr o risco de falhar. Amar é correr o
risco de não ser amado. Ter esperança é correr o risco de se dececionado.
Dormir é correr o risco de não acordar. Viajar é correr o risco de ter um
acidente. Ficar em casa é correr o risco de ficar soterrado devido a um terramoto.
Ter um trabalho é correr o risco de ficar no desemprego. Enfim, poderíamos
continuar a lista dos riscos… Mas já percebemos que viver é correr o risco de
morrer.
Os riscos precisam de ser
enfrentados, porque o maior risco na
vida é não arriscar nada. A pessoa que não arrisca nada, não faz nada, não
tem nada, não é nada. Ao não arriscar, ela julga poder evitar o sofrimento e a
dor. Porém, não aprende, não muda, não sente, não cresce, não se realiza, não
vive. Quem não arrisca a passar à ação, depois da decisão, é como se fosse um
escravo que teme a liberdade. E ninguém quer ser escravo. Já Salomão, o sábio,
aconselhou: (Prov. 6:6-11): “Vai ver a formiga, ó preguiçosa! Vê como ela faz e
aprende a lição. Ainda que não tenha nem o chefe, nem governador, nem superior,
contudo, sabe que deve trabalhar bem no Verão, juntando alimento em vistas do
Inverno. Mas tu, preguiçoso, tudo o que sabes fazer é dormir! Quando é que te
levantas e despertas?”
Extraído do livro “Pensar faz bem"
Ezequiel Quintino