- O saco do Pai Natal desapareceu! O saco do Pai Natal desapareceu!
Estava uma grande confusão na oficina do Pai Natal. Os duendes
corriam por todos os lados. Estava a chegar a hora de partir e ninguém sabia do
saco do Pai Natal desde que fora usado no dia anterior.
- Que desgraça! – exclamou o Pai Natal. – Já devíamos ter
enchido o saco de presentes para as crianças de todo o mundo! Se me atrasar, nunca
mais irei conseguir terminar a viagem antes do amanhecer.
Os duendes corriam por todo o lado, empurrando-se uns aos
outros.
- Oh! Oh! Oh! – declarou o Pai Natal. – Vamos pensar, meus
amigos!
Este saco não pode ter desaparecido! E a corrermos como
doidos, não o vamos encontrar. Temos de nos organizar. Os duendes azuis vão
procurar na oficina. Os duendes vermelhos, nos estábulos das renas. Os duendes amarelos,
no jardim.
Os duendes verdes, na minha casa. Dou-vos cinco minutos.
Depois, regressem aqui. Isto está a deixar-me exausto.
Cansado de tanta agitação, o Pai Natal sentou-se. Mas sabia
que ainda lhe faltavam fazer muitas coisas naquela noite, não se podia dar ao
luxo de partir atrasado.
Cinco minutos depois, os duendes regressaram, alinhando-se em
frente ao Pai Natal, que estava cada vez mais preocupado.
- Duendes vermelhos?
- Nada, Pai Natal.
- Duendes azuis?
- Nem uma pista…
- Duendes amarelos?
- Nem uma sombra do saco!
- Duendes verdes?
- Infelizmente…
Estava a ser de mais! O Pai Natal ficou vermelho de tão
furioso.
- O saco não pode ter desaparecido!
Vocês sabem que sem o meu saco mágico não posso distribuir os
presentes… O que vão pensar as crianças?
De repente, ouviu-se uma voz fraquinha: era um duende
violeta.
- Pai Natal,
acho que se sentou em cima dele.
O pobre Pai Natal virou-se e desatou a rir às gargalhadas.
- Bem, meus amigos, espero que esta tenha sido a primeira e a
última vez que isto me acontece. Vamos lá, está na hora de encher o saco e
partir.
Meu dito, meu feito.
- Feliz Natal às crianças de todo o mundo! – exclamou o Pai
Natal, desaparecendo por entre as estrelas.
Conto de: Ella Coalman
Conto de: Ella Coalman